Prezados professores e professoras,
Nós, da nova gestão do Centro Acadêmico dos Estudantes de Letras (CAEL), decidimos por meio desta vir oficialmente apresentar-nos a vocês. Tendo nos apresentado, teceremos algumas considerações – sobre nossas expectativas, sobre o curso, sobre o momento atual.
Composta por sete pessoas, a chapa Letras em Ação: Inovar para Transformar foi eleita no início de junho, já final de semestre. Em meio ao período turbulento de provas e trabalhos que se aproximava, o evento da transição correu desapercebido e a chapa, de resto, não pode efetivamente atuar. No entanto – esta sua primeira ação – encetou à condição de autônomo um grupo de estudos (“Universidade que transforma”) voltado para a discussão de temas políticos, leis e outras questões pertinentes – inescapáveis a qualquer um de nós: acadêmicos.
O grupo de estudos é aberto ao campus (alunos e professores). Tem em mira, porém, os alunos de Letras, cuja maioria – diga-se de passagem – parece se bem ver numa extremada apatia e injustificada rejeição para com as questões que procuramos debater, atreladas inclusive com a formação universitária. É este o desafio maior que nos arrogamos: trazê-los para esses círculos interdisciplinares propícios à discussão de temas candentes, como reforma universitária, políticas educacionais e o engajamento. “[...] embora cada um se dedique a uma ocupação diferente, todos podem decidir sem deficiências as questões públicas. Somos os únicos a considerar não como pacato, mas como inútil, o cidadão que delas se abstém.”, já dizia Tucídides.
De fato, acreditamos que o conhecimento não se limita à sala de aula, na medida em que atuar na sociedade “de maneira crítica e reflexiva” (como prega o estatuto da Unifesp no art. 2°, inciso I) requer ver coisas que fogem ao domínio da grade curricular. Veja-se, como exemplo mais próximo e convincente, os próprios eventos extracurriculares (congressos, colóquios em outras universidades); nós do CA, inclusive, aproveitamos para lhes pedir – cada qual na sua área de atuação – que nos informem os eventos deste semestre, alguns eventos que vocês recomendariam aos alunos participar.
Esta chapa, convém frisar, nasceu foi da greve, momento de fissão entre aluno e professor, cujo canal de comunicação foi criticado dos dois lados – até mesmo pelos docentes, que reclamaram de não ter sido comunicados previamente etc. É por esse motivo que nós, enquanto Centro Acadêmico1, propomos desde já a efetiva abertura do diálogo e sua manutenção no decorrer da gestão. Reiteramos: diálogo simétrico, horizontal e sem autocratismo, para que possamos contribuir para a construção do curso de Letras.
Ora, sabemos que a edificação da universidade se faz pelo tripé aluno-professor-funcionário, o que implica necessariamente, nesse processo, a participação das três instâncias – ainda mais em se tratando de um campus novo como a EFLCH/Unifesp. Se exemplo é necessário para ilustrar a falta de integração entre alunos e professores na Letras, note-se o baixíssimo número de votantes para representante discente do Conselho. Se a eleição foi previamente divulgada por e-mail, a divulgação não extrapolou o e-mail.
Sendo assim, no tocante à abertura do diálogo, gostaríamos já de reivindicar dois pontos simbólicos, anseios nossos: i. participação discente na elaboração dos eventos acadêmicos (como na Semana de Letras, dando aos alunos a faculdade de proporem temas, palestras etc – como foi, aliás, a Semana de outros cursos do campus); e ii. transparência nas reuniões do Departamento de Letras (Conselho), o que implica a publicação ou disponibilização aos alunos de suas pautas e atas.
Estreitar a relação entre professor e aluno – tanto mais quanto num curso como o nosso e nas circunstâncias da novata EFLCH/Unifesp – é evitar o “ilhamento”. Ademais, vamos lutar pelo reconhecimento da importância do Centro Acadêmico como espaço de discussão política para a melhora na formação dos alunos.
Desde já, agradecemos a sua atenção.
Fraternalmente,
Centro Acadêmico dos Estudantes de Letras – CAEL
Gestão “Letras em Ação: Inovar para Transformar”
caelunifesp@yahoo.com.br
http://www.letrasemacao2011.blogspot.com
“[...] nosso presente não é eterno nem é um destino inelutável” (Marilena Chauí)
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