Carta aos Alunos de Letras
Carta aos Alunos de Letras
A exemplo da última reunião entre os discentes e o Departamento de
Letras, realizada no ultimo 02 de maio, o Centro Acadêmico de Letras
reforça a extrema preocupação com atual crise politico-institucional que
passa o Campus, com as péssimas condições de infra-estrutura e de
permanência nesta Universidade, e reitera que a ações do Movimento
Estudantil da Unifesp são a principal ferramenta de luta e mobilização para conquista de suas reivindicações.
Os alunos da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da
Universidade Federal de São Paulo, em greve desde o dia 22 de março,
assim permanecerão até que seu fim seja deliberado em Assembleia Geral
dos Estudantes.
O corpo discente está, neste momento, buscando o
atendimento de suas pautas, sem o qual, faz-se impossível que o ano
letivo de 2012 seja levado a êxito. Cumpre alertar que, a margem para
que isso aconteça e seja de fato possível é através da atual mobilização estudantil, apesar da antecipada posição do
Departamento de Letras de, neste momento, colocar em questão a reposição
das aulas.
Cabe alertar também que, apesar da disposição dos
docentes de quererem levar a cabo a “operação de salvação” do semestre a
todo custo, a luta travada pelos estudantes não se limita a apenas
assistir aulas sob qualquer condição, mas que estas sejam oferecidas de
maneira apropriada. Desta forma, qualquer decisão relativa a reposição
das aulas deve ser discutida futuramente e em conjunto com seus alunos.
O movimento de greve alcançou até o momento reunião com membros da
PRAE, NAE, Reitoria e, em breve, Audiências Públicas com representantes do MEC e Unifesp, de maneira
que as urgentes reivindicações sejam atendidas o quanto antes. Desde
2007, as condições estruturais, de acesso e de permanância no campus
Guarulhos tem motivado o constante debate entre os alunos e até mesmo
professores acerca da precariedade de ensino a que nossa Universidade
está exposta. Evidentemente, a condição primeira para o prosseguimento
das atuais negociações, com instâncias internas e externas, é que a
greve continue, até a garantia de atendimento das pautas.
A
compreensão e o respeito mútuo devem nortear qualquer convívio entre
pessoas. Respeitar as decisões tomadas coletivamente são condições
primeiras e inalienáveis em um ambiente que pretende a formação de
futuros professores e educadores. Apesar da arbitrariedade e do tom
intimidatório da última comunicação enviada pelo Departamento de Letras,
haja vista o atual estado de greve, além de inapropriada, também
caracteriza uma ameaça à própria mobilização estudantil desta
Universidade.
O Centro Acadêmico de Letras continua reafirmando seu compromisso contínuo de promover o diálogo constante entre os alunos
do Curso de Letras e seu corpo docente.
Guarulhos, 07 de maio de 2012
CAEL - Centro Acadêmico dos Estudantes de Letras
Creio que se o CAEL é o orgão considerado eleito e portanto voz dos estudantes de Letras, que esta carta antes de ter sido enviada ou publicada, deveria ter sido apresentada aos alunos de Letras em Assembléia de curso.
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