sábado, 12 de maio de 2012

Carta aos Alunos de Letras

Carta aos Alunos de Letras

A exemplo da última reunião entre os discentes e o Departamento de Letras, realizada no ultimo 02 de maio, o Centro Acadêmico de Letras reforça a extrema preocupação com atual crise politico-institucional que passa o Campus, com as péssimas condições de infra-estrutura e de permanência nesta Universidade, e reitera que a ações do Movimento Estudantil da Unifesp são a principal ferramenta de luta e mobilização para conquista de suas reivindicações.

Os alunos da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo, em greve desde o dia 22 de março, assim permanecerão até que seu fim seja deliberado em Assembleia Geral dos Estudantes.


O corpo discente está, neste momento, buscando o atendimento de suas pautas, sem o qual, faz-se impossível que o ano letivo de 2012 seja levado a êxito. Cumpre alertar que, a margem para que isso aconteça e seja de fato possível é através da atual mobilização estudantil, apesar da antecipada posição do Departamento de Letras de, neste momento, colocar em questão a reposição das aulas.


Cabe alertar também que, apesar da disposição dos docentes de quererem levar a cabo a “operação de salvação” do semestre a todo custo, a luta travada pelos estudantes não se limita a apenas assistir aulas sob qualquer condição, mas que estas sejam oferecidas de maneira apropriada. Desta forma, qualquer decisão relativa a reposição das aulas deve ser discutida futuramente e em conjunto com seus alunos.


O movimento de greve alcançou até o momento reunião com membros da PRAE, NAE, Reitoria e, em breve, Audiências Públicas com representantes do MEC e Unifesp, de maneira que as urgentes reivindicações sejam atendidas o quanto antes. Desde 2007, as condições estruturais, de acesso e de permanância no campus Guarulhos tem motivado o constante debate entre os alunos e até mesmo professores acerca da precariedade de ensino a que nossa Universidade está exposta. Evidentemente, a condição primeira para o prosseguimento das atuais negociações, com instâncias internas e externas, é que a greve continue, até a garantia de atendimento das pautas.


A compreensão e o respeito mútuo devem nortear qualquer convívio entre pessoas. Respeitar as decisões tomadas coletivamente são condições primeiras e inalienáveis em um ambiente que pretende a formação de futuros professores e educadores. Apesar da arbitrariedade e do tom intimidatório da última comunicação enviada pelo Departamento de Letras, haja vista o atual estado de greve, além de inapropriada, também caracteriza uma ameaça à própria mobilização estudantil desta Universidade.


O Centro Acadêmico de Letras continua reafirmando seu compromisso contínuo de promover o diálogo constante entre os alunos do Curso de Letras e seu corpo docente.


Guarulhos, 07 de maio de 2012
CAEL - Centro Acadêmico dos Estudantes de Letras

Um comentário:

  1. Creio que se o CAEL é o orgão considerado eleito e portanto voz dos estudantes de Letras, que esta carta antes de ter sido enviada ou publicada, deveria ter sido apresentada aos alunos de Letras em Assembléia de curso.

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