Prezados alunos,
gostaríamos de agradecer a todos que puderam comparecer na Roda de Debate entre alunos e professores de Letras, realizada anteontem (quarta, 18).
Foi um dia difícil, como percebemos, devido a um conjunto de fatores (clima nada ameno, período de férias e Itaquera sem funcionar), daí o baixo número de participantes. O debate dividiu-se em três pautas (i. Reflexão sobre a greve discente; ii. Greve docente; iii. Pós-greve discente e docente), porém não houve tempo hábil para entrarmos na última. Os principais objetivos foram:
1). Retomada e manutenção de um canal de diálogo (franco) entre alunos e professores;
2). Tentarmos construir juntos uma base de entendimento, senão em relação a tudo o que houve até agora, pelo menos em relação a algumas questões pontuais, que nos permita tomar decisões coletivas sobre o que fazer daqui por diante, e que evite conservarem-se entre nós animosidades;
3). Repasses/informes: greve dos professores, técnicos e alunos; diagnósticos e prognósticos; negociações em relação ao calendário de aulas.
Algumas questões embasaram a proposta da roda: Com que perspectiva pretendemos reocupar o campus, a partir do retorno às aulas (independentemente de quando as aulas voltarem)? Depois de tudo o que aconteceu - um semestre de greve - será que o campus não pede também mudanças que ultrapassem a esfera material (prédio, transporte, bandejão), ou seja, mudanças nas relações interindividuais? Como podemos encarar ou interpretar o sentimento (de alguns ou de muitos) de que nossa EFLCH renasce? Como reaproximar, de forma inteligente e pacífica, professores, alunos e funcionários? Como superarmos essa crise institucional da Unifesp por que estamos passando e extrairmos dela lições de vida?
Os desacordos, em maior ou menor grau, existem. E que bom que existem, é sinal de que os pensamentos são plurais. Dar voz a esses pensamentos parece ganhar forte apelo quando falamos de um campus universitário de humanas, lugar que deveria servir para a dúvida e indagação constantes, à problematização de questões ligadas ao nosso cotidiano e a fatos considerados "óbvios", ao exercício do estranhamento ("thaumatzein", no grego, motor da filosofia e das ciências humanas) e mesmo da insatisfação em relação à ordem social. Havíamos, assim, projetado um espaço destinado ao diálogo e à reflexão: a Roda de Debate. Como não tocamos na última pauta ("pós-greve") e como foram poucas pessoas, inclusive professores, estamos vendo a possibilidade de uma segunda roda no começo de agosto (com a presença de mais professores do curso), quando também deverão ocorrer atividades temáticas entre alunos e professores.
Nessa segunda roda, a fim de dinamizarmos mais o debate, pedimos por gentileza aos alunos que formulem previamente questões aos professores e, se não quiserem enunciá-las na hora, nos enviem para o e-mail caelunifesp@yahoo.com.br, para que possamos sistematizá-las.
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