segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

"10% do PIB para a Educação Pública Já!"

Plebiscito "10% do PIB para a Educação Pública Já!" vai até amanhã, 06/12. Votem!

http://www.dezporcentoja.com.br

Blog da Campanha Nacional:

http://dezporcentoja.blogspot.com

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Libelo de defesa do CAEL

Os fatos são conhecidos para quem cuida conhecer (Chomsky)


Depois de alguns discentes do curso de Letras andarem por aí espalhando mentiras e deturpando a imagem do Centro Acadêmico (CAEL), fica difícil virmos aqui agora nos defender, já que não darão crédito a nada do que dissermos. No entanto, não é de nossa índole fugir das polêmicas nem ter que aturar as tramoias de alunos mal-intencionados.
Parece que nossos detratores nos acusam de não fazermos nada ou de não nos preocuparmos com a falta de um prédio pro semestre que vem enquanto planejamos a publicação de um informativo destinado à recepção dos calouros. Assusta-nos a que ponto chegam eles ao inventarem absurdos desse tipo. Ainda que absurdos, cabe a nós rebatê-los, e é o que em seguida faremos, baseando-nos em fatos e observações inteligentes, e não em mero impressionismo.
Em primeiro lugar, dizer que o CAEL “não está fazendo nada” é forçar demais. Nossa gestão (a chapa Letras em Ação) assumiu em junho 2011, em meio a provas e trabalhos de final de semestre. Fomos conseguir nos articular efetivamente a partir de AGOSTO (julho = férias), inaugurando no campus, afim de propor novas metodologias de luta e de politização dos alunos, o Grupo de Estudos Universidade que Transforma (participação especial de um aluno militante da UFABC). Realizamos a Mesa-redonda “Participação docente no Movimento Estudantil”, que lotou a sala 8 no dia 29 de agosto. Em SETEMBRO, o CAEL foi interromper as aulas mais uma vez para pedir aos alunos que depositassem numa caixinha colorida sugestões, reclamações etc do curso e do campus em geral. A ação vinha já contemplar um dos itens de nossa Plataforma de Propostas: “Criar e manter um canal de interação funcionando como “Ouvidoria” para esclarecer dúvidas dos estudantes em relação ao curso”.
De todas as classes em que passamos, apenas o primeiro ano vespertino se solidarizou com o nosso esforço e depositou na caixinha um número razoável de papeiszinhos. A pergunta que nos fizemos, então, foi: Será que todos os demais alunos das outras turmas do primeiro e segundo ano (pois no terceiro não chegamos a passar, já que estavam divididos nesse dia) não tinham nenhuma reclamação a fazer? E detalhe: o Centro Acadêmico só passou nas salas de aula com a caixinha depois de não ser bem-sucedido o plano 1 nosso (em junho), qual seja, abrir em nosso blog, numa primeira etapa, um espaço para os estudantes lá comunicarem suas insatisfações e sugestões, e na segunda etapa, chamá-los para essa pequeníssima tarefa. Tendo falhado, porém, os dois planos, não haveria como não nos sentirmos decepcionados e sozinhos no curso de Letras, obrigados a levar nas costas a massa amorfa de discentes que deseja ter tudo na mão – ou na boca, como a um bebê.
Em setembro demos sequência ao grupo de estudos, coisa esta que, aliás, também estava prevista em nossa Plataforma de Propostas: “Promover debates e grupos de discussões focados em temas relacionados a leis educacionais, tais como: LDB, diretrizes curriculares de língua portuguesa, REUNI e políticas educacionais do Ensino Superior que contemplem a tríade pesquisa, ensino e extensão, além de outros temas que possam ser sugeridos pelos alunos”. No mesmo mês, o Centro Acadêmico marca uma Reunião Aberta (bem divulgada) com os alunos para discutir a paralisação de dois dias, o Estatuto da entidade e a formação de comissões para o jornal e para o sarau que prevíamos para a Semana de Letras. Porém, apenas duas pessoas comparecem à reunião, então remarcada. Durante a paralisação de dois dias no campus, o CAEL se manifesta em carta aberta aos alunos, informando alguns eventos recentes que pediam reflexão em vez de juízos precipitados.
OUTUBRO: o Centro Acadêmico consegue fazer a reunião, na qual, aliás, Mayra esteve presente por interesse exclusivo – ela mesma o disse – no jornal. Além do grupo de estudos, passamos nas salas para convidar os alunos a participarem do aniversário da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), realizada num sábado em São José dos Campos e para o qual houve ônibus. Destaque-se, aqui, mais uma das promessas de nossa Plataforma: “Fomentar a participação dos alunos em [...] encontros estudantis”, que se concretizou, neste mês de novembro, no convite enviado aos alunos para o II Fórum Estudantil da Unifesp, evento este que congregou as diversas entidades de luta dentro da universidade e do qual, obviamente, o CAEL não ficou de fora. Em nossa mesma visita às salas, fizemos correr uma lista para que os alunos ali inserissem seus e-mails, a fim de com eles aprimorarmos nosso canal de comunicação. Tendo conseguido, assim, quase 130 inscrições, menos de 30 aceitaram fazer parte da lista (googlegroups) do CAEL. E a culpa é nossa?
Foi outubro também o mês da II Semana de Letras, a qual vislumbrávamos poder organizar ou, no mínimo, ajudar na organização. Mas não. Como já havia acontecido em 2010, tratou-se de uma Semana realizada de maneira evidentemente antidemocrática: não houve votação para temas e mesas nem dentro do curso, tampouco no nível mais amplo do campus. Não estranhou, assim, a falta de abertura dada ao CAEL para a promoção de seus eventos: um fórum de discussão sobre o curso com alunos e professores e um sarau.
Após mais um encontro do grupo de estudos (o terceiro), chega NOVEMBRO, auge do lavor acadêmico devido às provas e trabalhos. Nesta semana, o Centro Acadêmico encaminha às turmas por e-mail o Estatuto da entidade (que já estava disponível na pasta do xérox e os alunos sabiam disso), antes de convocar a Assembleia no início do próximo semestre (ação esta prevista em nossa Plataforma de Propostas: “Mobilizar os estudantes para revermos em conjunto o estatuto de Letras”). Marca também, para o dia 12 de dezembro, o último encontro do grupo de estudos (que teve encontros mensais).
Atualmente, pensa conjuntamente com o DCE a organização da Semana da Calourada. No dia 10 de dezembro haverá uma reunião entre os CAs dos campi da Unifesp para discutir essa pauta; convidamos, aliás, os alunos interessados em ajudar ou integrar a comissão que se incumbirá disso. O próprio jornal destinado aos calouros, cuja organização pautou reuniões do CAEL em outubro e novembro, são a prova maior de que algo está sendo feito (ainda que iremos, a partir de agora, levar essa ideia para a esfera dos Centros Acadêmicos e Atlética no próximo CR-DCE). O fórum e o sarau que não conseguimos promover, bem como eventuais festas para as quais haveria a necessidade de se criar comissões (haja, pois, pessoas a fim de ajudar!), compõem também a agenda do CAEL para os primeiros meses de 2012 (mandato da gestão termina em junho).
Tendo enumerado, pois, todas essas ações na trajetória do CAEL, é inaceitável a afirmação de que ele não está cumprindo suas promessas previstas na carta-programa, ou que deixou de cumpri-las: das oito propostas lá arroladas, quatro já foram ou estão em processo de realização (como o grupo de estudos, que não cessa). E as outras quatro? Vamos a elas:
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- Promover a organização de eventos como a Semana de Letras e Colóquios;
Como havíamos esclarecido, não nos foi dado espaço na Semana de Letras de 2011 – uma comissão de poucos alunos (desconhecida para muitos) tomou a dianteira. Sobre os “colóquios”, isso entra, por exemplo, no fórum que pretendíamos entremear na programação da Semana, e que agora levaremos como proposta para a recepção dos calouros no curso.
- Montar uma biblioteca com os livros mais utilizados no curso e com xerox doados pelos alunos veteranos, facilitando assim o acesso aos materiais de estudo;
Aqui, sim, pode-se denunciar falha nossa. Naturalmente, como ocorre às entidades representativas e órgãos políticos, todas as demandas não são bem absorvidas (não somos perfeitos); pedimos, no entanto, a complacência dos alunos para com a nossa também condição de alunos (atarefados com trabalhos acadêmicos) e enquanto pessoas que trabalham. Que não se depreenda disso um escudo para desfazer a promessa: vamos tentar concretizá-la no início do próximo semestre – já que este está encerrado para alguns.
- Propor, além dos setores titulares, comissões para trabalhar conjuntamente com os integrantes do CA, buscando a integração dos colegas estudantes para uma maior agilidade na tomada de decisões;
Esta proposta foi idealizada por uma pessoa que sempre esteve ausente da gestão do CAEL: nunca compareceu às nossas reuniões ou se empenhou em alguma atividade. Ou seja, não lhe cabe nos fazer crítica alguma nesse tocante, já que não ajuda. E o mesmo vale para aqueles alunos (como nossos acusadores) que maldizem o CAEL sem, primeiramente, se darem conta do que é Centro Acadêmico, e que são eles mesmos os obstáculos postos à formação de “comissões para trabalhar conjuntamente”.
- Organizar eventos como festas e saraus para arrecadação de fundos para o CA.
Ações estas agendadas para o próximo semestre (considerem que nosso mandato ainda está longe de terminar), e que depedem, obviamente, de pessoas dispostas a ajudar.
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Diante de tais esclarecimentos, fica patente o desconhecimento (ou mais propriamente, a hipocrisia) de nossos acusadores. Convidamo-os, além do mais, a ler o Estatuto da entidade para conhecer seus objetivos (Art. 3) e atribuições de cada coordenação (Arts. 22 a 27). Isso com certeza os permitirá – se, claro, estiverem antenados para as ações e a trajetória do CAEL – a emitir juízos mais realistas a nosso respeito.
Deveriam, ao contrário, nos agradecer pelo fato de o Centro Acadêmico estar tão vivo e presente já no terceiro ano de Letras: o curso de filosofia do campus, em seu quinto ano de existência, não tem até hoje bem consolidado um Centro Acadêmico – por não haver gestão. E com efeito, como afirmam e reafirmam nossos acusadores, a nossa gestão está um pouco rachada: mas não inativa e tampouco morta.
Uma chapa se fragmentar pode ser sinal de que as pessoas pensam diferente, têm ideologias divergentes. Isso acontecerá na maioria dos casos (veja-se, por exemplo, a situação de outros Centros Acadêmicos da Unifesp), pois nenhum ser humano é igual a outro – podem ser parecidos ou aparentados. Em nosso caso, além desse fator, concorreu outro. Nossa chapa assumiu com sete pessoas; hoje estamos em cinco pessoas ativas ou com quem podemos eventualmente contar. Eventualmente, porque destas cinco, três trabalham a maior parte do dia, sendo obrigadas a pegarem até menos matérias por semestre (o que, contudo, nem sempre resolve). Afinal sobram duas: duas para responder por mais de 500 alunos! Não é brincadeira.
É esse o atual quadro da gestão do CAEL. É por esse motivo que buscamos incessantemente a união de forças, o trabalho articulado com os estudantes (como na recepção dos calouros em 2012). Vêm na contracorrente, porém, essas pessoas que nos acusam sem peias tender a gangorra para a nossa ruína, num gesto claro de ingratidão.
Se é lícito fazer críticas à gestão do Centro Acadêmico, as críticas dessas pessoas não o são, porque sem fundamento, conforme mostramos aqui. Se se mobilizam, vemos acontecer uma ação paralela e desvinculada do CA, e se vamos a elas para apoiá-las e propor frentes de trabalho, elas renegam qualquer laço conosco. No mínimo, estranho.
Mais estranho ainda é a repentina reviravolta no comportamento dessas pessoas, que de alguns dias para cá resolveram agitar a galera pelo facebook, ostentando-se preocupadas com o curso (a recepção dos calouros: por que será?) e questões do campus (como a infraestrutura, tema este que debatemos também em nosso grupo de estudos). Convenhamos que essa reviravolta é, sim, louvável e merece todos os elogios (afinal as pessoas mudam, e por alguma razão). Mas é inverossímil e passível de críticas, da mesmo forma que, pelas costas, criticam-nos acerbamente.
O mandato do CAEL termina em junho de 2012, e pretendemos seguir firmes e fortes até as próximas eleições (maio). E que não sejam estas, novamente, burladas por esses mesmos detratores nossos – que, de maneira abominável, aliciaram os alunos do primeiro ano a consagrarem seu voto a uma das duas chapas concorrentes nas últimas eleições. Se planejam concorrer nas próximas, nada contra. Prevenimo-nos é contra a injustiça.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Grupo de estudos "Universidade que transforma"

O CAEL convida a todos para o último encontro do Grupo de Estudos "Universidade que transforma"

Segunda, dia 12, 18h10

Sala 2 do Anexo

Texto para discussão – REUNI: heteronomia e precarização da universidade e do trabalho docente
(disponível no link http://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/download/8457/4922)

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

ESTATUTO DO CAEL

Caros,

encaminho-lhes em anexo o Estatuto do Centro Acadêmico dos Estudantes de Letras (CAEL), documento este que rege e dispõe sobre o funcionamento da entidade. O estatuto já estava disponível aos alunos em nossa pasta no xérox da faculdade, e agora também em nosso blog (letrasemacao2011.blogspot.com). Como vocês verão, foi criado em 2009 e contém, além de erros gramaticais, outros ligados à necessidade de atualização e à presença de incoerências resultantes de contradições no próprio texto.

A ideia é que vocês, em algum momento do "ócio produtivo" das férias, leiam o documento (sei que pode ser chato ler coisas "frias" como leis e regimentos, mas muitos de nós, futuramente, teremos de encarar textos assim em nossa vida institucional; este aqui, além do mais, é curtíssimo) e façam também os seus apontamentos; no início do próximo semestre (se este começar normalmente), o CAEL convocará todos para a Assembleia Geral a fim de votar a reforma parcial do Estatuto, com base nas propostas de alteração apresentadas, discutidas e uniformizadas na hora. Na verdade, como absurdamente prevê o estatuto (Art. 32), este só pode ser reformado se "assim for requerido por um terço dos associados" (200 de 600). Nas nossas condições, isso parece irreal, pois 200 pessoas é o que uma Assembleia no campus inteiro consegue reunir; entendem a dificuldade nossa?

Poderíamos, é claro, alimentar essa discussão nas redes sociais, mas - que fique claro - a reforma do Estatuto só pode ser deliberada em Assembleia "com presença mínima de um décimo dos associados" (Art. 15), ou seja, um décimo do total de alunos do curso. A reforma, só para lembrá-los, foi proposta de nossa gestão durante o processo eleitoral: "Mobilizar os estudantes para revermos em conjunto o estatuto de Letras" (cf. carta-programa da chapa Letras em Ação).

Link para visualização ou download do Estatuto:
http://www.scribd.com/doc/74086731/ESTATUTO-CAEL

sábado, 5 de novembro de 2011

II Fórum Estudantil da Unifesp - de 19 a 20 de novembro de 2011!



II Fórum Estudantil da Unifesp
19 e 20 de novembro
No DCE da Unifesp

O DCE - Diretório Central dos Estudantes da Unifesp, por meio dos Centros e Diretórios Acadêmicos e do seu Conselho Representativo - CR-DCE, está organizando o II Fórum Estudantil da Unifesp, um espaço de discussão e organização política dos estudantes da Unifesp.

A Unifesp não para de crescer. Efeitos, limites e possibilidades colocados não apenas a Unifesp, mas também a articulação de estudantes espalhados em xx cursos e seis campi diferentes, com múltiplas especificidades, bem como muita coisa em comum, e várias das quais tão pouco sabemos. Cada vez mais precisamos consolidar nossa organização e debate público.

Neste sentido, proporcionamos um espaço de debate entre estudantes de diversos campi, refletindo sobre os problemas cotidianos estudantes, a estrutura da universidade e a expansão, currículo, ensino, pesquisa e extensão, o movimento estudantil, políticas educacionais, enfim, a inserção da Universidade na Sociedade.

A programação:

SÁBADO:

Conjuntura da Unifesp

Histórico e Conjuntura de cada campi e dos segmentos da dos docentes e dos técnicos administrativos

almoço

Função Social da Universidade

Pesquisa, Ensino e Extensão; Currículo

Grupos de Trabalhos

Permanência estudantil, Currículo, Democracia e autonomia universitária

janta

Atividade Sóciocultural


DOMINGO:

Plano Nacional de Educação

Políticas Públicas para a Educação, Campanha 10% do PIB para Educação

almoço

Assembléia Geral dos Estudantes da Unifesp

Deliberações a partir das formulações do Fórum


O II Fórum Estudantil da Unifesp será realizado na sede do DCE Unifesp, na Rua Pedro de Toledo, 840, e no Anfiteatro Clóvis Salgado, a um quarteirão do DCE - próximo ao Metrô Santa Cruz.

Evento com direito a certificado.

Inscreva-se: https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dHExd3hhTFhqUHkyNDF4Y3hQWjd1VFE6MQ

Garanta já sua vaga, e reserve sua alimentação. Ônibus a confirmar!

II Fórum Estudantil da Unifesp
Comissão Organizadora
Universidade Federal de São Paulo

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

2º Fórum Estudantil da Unifesp: Universidade e Política

Sábado, 19 de Novembro às 08:00 - 20 de Novembro às 20:00
DCE Unifesp - Rua Pedro de Toledo, 840 - São Paulo

PROGRAMAÇÃO:

Sábado (19/11)
9h - Recepção
10-12h - Roda de informes aprofundados de cada campus / história e conjuntura da Unifesp
12 - 13h30 - Almoço
13h30 - 16h30 - Mesa pesquisa, extensão, currículo e papel da universidade
17 - 19h - GT's Permanência estudantil, currículo, democracia e autonomia universitária
20h - Sociocultural


Domingo (20/11)
10 - 12h: Mesa Plano Nacional de Educação
13h30 - 16h30: Assembléia Geral dos Estudantes da Unifesp



*as atividades ocorrerão no Anfiteatro Clóvis Salgado (CS), um quarteirão de distância do DCE

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Grupo de Estudos Universidade que transforma

Convidamos todos para o terceiro encontro do Grupo de Estudos Universidade que transforma, nesta terça-feira, 11, 18h15, na sala 2 do Anexo (campus Guarulhos). A partir deste encontro, o tema será "Reuni". Texto (curto) selecionado: "A universidade operacional", de Marilena Chauí, disponível no site http://reuniufpr.forumativo.com/t46-a-universidade-operacional-marilena-chaui (ou numa pasta amarela no xerox da facul, escrita "CAEL").


A autora oferece uma visão ao mesmo tempo ampla e aprofundada das transformações sofridas pós-modernamente no seio da universidade (a questão da autonomia ferida quando o fim é cumprir metas e indicadores estabelecidos pelo Estado, o fenômeno da "flexibilização" e da produtividade como critério de "qualidade", da desvalorização da docência em prol do que se considera "pesquisa", da passagem da universidade da condição de instituição social para organização social etc).


O grupo de estudos é autônomo, mas não é monopolizado por alguém. A intenção é que todos, a partir da leitura de textos que complexifiquem o tema tratado, consigam sair de um nível superficial de compreensão do que seja a universidade, do que seja "Reuni" etc, e disponham assim de informações mais fundamentadas. Daí se espera que cada um expresse sua opinião e reflita sobre o tema. Quem quiser sugerir bibliografia ou trazer referências para o grupo, para adensar a discussão, sinta-se à vontade.

domingo, 11 de setembro de 2011

Grupo de Estudos Universidade que transforma e Reunião aberta do CAEL.

Prezados alunos,

convidamos a todos para participar do grupo de estudos "Universidade que transforma", a se reunir pela segunda vez nesta segunda-feira, dia 12, 18h15, sala 2 do Anexo. Para quem não sabe, o grupo é autônomo e aberto a qualquer um (aluno / professor). O próximo eixo de discussão abarcará o tema 'Acordo MEC-USAID'. Há um texto base que é mola pro debate, neste link: http://www.marculus.net/textos/voce%20sabe%20com%20quem%20esta%20falando.pdf. Os interessados em participar, se tiverem ânimo, podem começar a ler. Até lá!

PS: e lembramos que, no dia 15 (quinta-feira), 18h15, sala 3 do Anexo, haverá nossa primeira reunião aberta, para a qual convidamos (principalmente) todos os alunos do curso de Letras.
Pauta:
i). discussão sobre a recente mobilização estudantil;
ii). estudo e reelaboração do Estatuto do CAEL;
iii). formação de comissões para jornal do CAEL e sarau da II Semana de Letras.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Carta aberta aos estudantes de Letras

4/9/2011
Carta aberta aos estudantes de Letras

Querer o bem com demais força, de incerto jeito,
pode já estar sendo se querendo o mal, por principiar.
Esses homens! [...] cada um só vê e entende as coisas dum seu modo.
(Grande Sertão: Veredas)

Na última assembléia dos estudantes da Unifesp-Campus Guarulhos (quinta-feira, 1º de setembro), como vocês devem saber, votou-se pela paralisação das atividades acadêmicas nesta segunda e terça-feira, dia 5 e 6. A medida, pela forma e circunstâncias com que foi aprovada, provocou burburinho entre alunos e professores que, indignados, mostraram clara oposição. Isto vemos, por exemplo, no curso de Letras, motivo pelo qual nós, do Centro Acadêmico dos Estudantes de Letras (CAEL), viemos por meio desta nos posicionar reflexivamente frente a conjuntura atual.
Realmente, a forma como a última assembleia foi conduzida não deve ser livre de críticas. Evidentemente mais vazia do que a penúltima, com um quórum reduzido, a votação da paralisação, se não se deu de maneira forçada ou autoritária (não contaram os votos), no mínimo causou certo estranhamento àqueles que assistiam. Mais uma vez se viu tomarem o microfone para fazer ataques pessoais. Mais uma vez se ouviu epítetos correntes do tipo "pelego", simplesmente por se expressar opinião diversa daqueles que foram favoráveis à paralisação.
O que vemos, assim (e aqui o CAEL se posiciona), é a intolerância e imaturidade do nosso movimento estudantil como um todo. Ora, onde está o debate democrático? Assembleias somente? ...Mas como debater nas assembleias se, a depender de sua opinião, você corre o risco de ser rechaçado e ouvir vaias? Quantas vezes isso não acontece em nossas assembleias? A conclusão não pode ser outra: o discurso, ali, é vertical, impositivo, repressor, e não aceita receber críticas; ele vem de cima, resultando no fato de que poucos - por recearem constrangimento - vão tomar o microfone para discordar. Em outras palavras: se se luta contra a repressão, torna-se repressor!
Segue-se que, se o movimento estudantil rema contra a corrente da ideologia neoliberal na educação, do sucateamento do ensino, da burocracia universitária e outras pautas similares, ele acaba por passar ao extremo oposto: o radicalismo sem peias, indisposto a repensar seus métodos e corrigir possíves equívocos, averso à teoria como complemento e norte da ação, ou como instrumento de politização. Vai daí que cai na cegueira: a greve, moeda cara nossa e que deve ser lançada em último caso, é banalizada, pois veem-na como solução para tudo.
Daremos dois exemplos daquela intolerâcia de que falamos. Na última assembleia, um aluno tomou coragem para falar ao coletivo dos estudantes efetivamente mobilizados; disse que o método por eles adotado estava errado ("tá errado!"), que as decisões e juízos baseavam-se em clichês ("senso comum"); disse ainda que era amigo e solidário para com a causa por trás (a pauta que motiva a agir) e propôs outras saídas (um jornal). No entanto, foi não só taxado de "pelego" como ignoraram sua proposta: ao contrário, propuseram e votaram greve por dois dias ("paralisação das atividades acadêmicas"). Outrora (o 2° exemplo), este Centro Acadêmico organizou uma mesa-redonda com a participação de docentes sobre movimento estudantil. À parte o fato consequente de muitos alunos manifestarem interesse em debater as questões políticas inescapáveis à academia, soubemos que, em contrapartida, fomos igualmente taxados de "pelego" por terceiros...
E aí indagamos: "pelego" simplesmente porque convidamos professores para palestrar? Os professores são "do mal" e os alunos "do bem". É isso? Porque, se for, antecipamos que esse maniqueísmo não faz parte de nossa diretriz política. Nós, do CA, frisamos, em carta aberta enviada aos professores de Letras, que buscaremos o diálogo (simétrico). Não se deduza daí, entretanto, que faremos a política da "boa vizinhança". O que precisar ser feito, será. Acreditamos mesmo no trabalho de formiguinha, que é o trabalho de conscientização, de politização - algo que, no nosso entender, falta aos alunos (e a muitos professores) do campus Guarulhos.
Em suma, a maneira torta como as coisas têm sido conduzidas levou o nosso movimento estudantil a perder credibilidade. No entanto, críticas também cabe ser feitas do outro lado, o que mostra que o mesmo movimento estudantil não está de todo errado...

O OUTRO LADO DA QUESTÃO

De nada adianta "descer a lenha" no movimento estudantil e voltar passivamente para dentro da sala de aula, como se tudo estivesse bom ou normal. De forma alguma. Se a maneira como os alunos enjagados vem se articulando é reprovável, não o é a causa por que lutam: corte de verbas na Educação, que nos afetará diretamente (falta de professores, de salas de aula e tudo o mais), ameaça da privatização das universidades (supremacia da ideologia de mercado) e perda do espaço público (e, consequentemente, do direito à educação) etc.
Quer dizer: a pauta tem, sim, muito pano pra discussão e mobilização. Mas se discute? Quando é que paramos para estudar e procurar conjuntamente saídas para tal situação? Muitos alunos, isto é inegável, não querem greve nem discussão porque não querem atrasar sua formação: têm como horizonte a obtenção do diploma o mais rápido possível. Porém se esquecem de que a obtenção do diploma o mais rápido possível não vai prepará-los o bastante para encarar a vida, para responder com propriedade à pergunta de um aluno, ou para, vez ou outra, palestrar longamente sobre tal assunto.
Foi ovacionada, na Assembleia Geral da Unifesp de terça passada (dia 30), na Vila Clementino, a fala de uma funcionária do hospital local. Ela pôs a nu os bastidores da Unifesp ao chamar a atenção para a escassez de recursos do hospital e para as deficiências do campus da saúde em São Paulo. Em seguida, questionou o tipo de profissional que a Unifesp, em geral, pretende formar. Só o "brasão", disse ela, não é garantia de que você trabalhará em boas condições. No final, terminou sua fala dizendo que a situação atual "tá uma aberração".
Por esse exemplo, seria insano afirmarmos que as coisas andam bem e que o movimento estudantil vive a reclamar da vida, como entendem alguns alunos. Reconheçamos: o coletivo mobilizado toma a iniciativa ao alertar os alunos para os problemas que os acercam, quando outros não o fariam. Aí está o seu mérito, como também nas conquistas da greve ano passado. Ora, quem, principalmente na Letras, poderá afirmar que a greve só trouxe prejuízo se o espaço onde estuda é uma conquista da greve? Se vem para a universidade com o ônibus da linha Itaquera-Pimentas? Se cresceu o número de alunos beneficiados com o Auxílio Permanência e a criação do Núcleo de Apoio Estudantil (NAE)? Na mesma toada, muitos podem afirmar a ilegitmidade das deliberações da última assembleia, devido ao quorum pequeno. Mas cadê os alunos lá presentes para ouvir e votar contra?
Por tudo isso, devem-se dosar as críticas e relativizar os julgamentos. Nós enfrentamos ainda problemas estruturais: sala de informática com uma impressora frustrante (ainda que outra sala de informática esteja sendo montada); falta de salas de aula (do contrário, não estaríamos ocupando salas do CEU e obrigando as crianças da comunidade a migrarem para salas de ginástica improvisadas! É alarmante a insuficiência de salas para comportar os calouros de 2012); transporte (alunos esperando mais de uma hora na fila do Itaquera, embaixo de sol e chuva). Isso sem contar, num nível mais amplo que aponta para o autoritarismo arraigado em nossa cultura, a desvalorização da categoria dos técnicos-administrativos de ensino superior por parte do governo, que tentou sufocar e deslegitimizar a greve - um instrumento legal de luta.
A pergunta que fica é: o que é uma universidade pública de qualidade? O que é vivenciar a universidade? Votar a favor ou contra não significa que a questão se encerrou, mas que o debate deve, não continuar, e sim começar (no nosso caso). Chamamos todos, por isso, para o debate e para uma maior participação política dentro (e fora) da universidade, lembrando que amanhã, terça-feira, 6, tem Assembleia Geral dos Estudantes de Guarulhos.

Também, neste sentido: o CAEL promoverá o segundo encontro de seu grupo de estudos ("Universidade que transforma") na próxima segunda-feira, dia 12, às 18h15; tema - acordo MEC-USAID (que determinou os rumos da educação em nosso país nos percalços da ditadura). Há um texto-base para a discussão que iremos divulgar. Já no dia 18, quinta-feira, 18h15, na sala 3 do Anexo, acontecerá nossa primeira reunião aberta com os estudantes de Letras. A pauta inclui, até agora, i) discussão do estatuto e ii) formação de comissões para sarau e festa no CA.

Fraternalmente,

Centro Acadêmico dos Estudantes de Letras - CAEL
Gestão "Letras em Ação: Inovar para Transformar"
caelunifesp@yahoo.com.br
www.letrasemacao2011.blogspot.com

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Grupo de Estudos: Universidade que transforma.

Atenção para o próximo encontro do grupo de estudos Universidade que transforma.

Será no dia 12/08, segunda-feira. O texto base para discussão em grupo será "Você sabe com quem está falando? o contexto da lei n.o 5692/711", de Marcos Ferreira Santos.

O texto está disponível para download no link abaixo:

http://www.marculus.net/textos/voce%20sabe%20com%20quem%20esta%20falando.pdf

Obs: Em breve divulgaremos a sala onde ocorrerá o encontro.

CAEL.

domingo, 21 de agosto de 2011

Assembleia dia 23/08

Assembleia dos Estudantes da Unifesp Guarulhos

Terça, 23
18h
No pátio central

Carta aberta do CAEL.

Prezados professores e professoras,

Nós, da nova gestão do Centro Acadêmico dos Estudantes de Letras (CAEL), decidimos por meio desta vir oficialmente apresentar-nos a vocês. Tendo nos apresentado, teceremos algumas considerações – sobre nossas expectativas, sobre o curso, sobre o momento atual.

Composta por sete pessoas, a chapa Letras em Ação: Inovar para Transformar foi eleita no início de junho, já final de semestre. Em meio ao período turbulento de provas e trabalhos que se aproximava, o evento da transição correu desapercebido e a chapa, de resto, não pode efetivamente atuar. No entanto – esta sua primeira ação – encetou à condição de autônomo um grupo de estudos (“Universidade que transforma”) voltado para a discussão de temas políticos, leis e outras questões pertinentes – inescapáveis a qualquer um de nós: acadêmicos.

O grupo de estudos é aberto ao campus (alunos e professores). Tem em mira, porém, os alunos de Letras, cuja maioria – diga-se de passagem – parece se bem ver numa extremada apatia e injustificada rejeição para com as questões que procuramos debater, atreladas inclusive com a formação universitária. É este o desafio maior que nos arrogamos: trazê-los para esses círculos interdisciplinares propícios à discussão de temas candentes, como reforma universitária, políticas educacionais e o engajamento. “[...] embora cada um se dedique a uma ocupação diferente, todos podem decidir sem deficiências as questões públicas. Somos os únicos a considerar não como pacato, mas como inútil, o cidadão que delas se abstém.”, já dizia Tucídides.

De fato, acreditamos que o conhecimento não se limita à sala de aula, na medida em que atuar na sociedade “de maneira crítica e reflexiva” (como prega o estatuto da Unifesp no art. 2°, inciso I) requer ver coisas que fogem ao domínio da grade curricular. Veja-se, como exemplo mais próximo e convincente, os próprios eventos extracurriculares (congressos, colóquios em outras universidades); nós do CA, inclusive, aproveitamos para lhes pedir – cada qual na sua área de atuação – que nos informem os eventos deste semestre, alguns eventos que vocês recomendariam aos alunos participar.

Esta chapa, convém frisar, nasceu foi da greve, momento de fissão entre aluno e professor, cujo canal de comunicação foi criticado dos dois lados – até mesmo pelos docentes, que reclamaram de não ter sido comunicados previamente etc. É por esse motivo que nós, enquanto Centro Acadêmico1, propomos desde já a efetiva abertura do diálogo e sua manutenção no decorrer da gestão. Reiteramos: diálogo simétrico, horizontal e sem autocratismo, para que possamos contribuir para a construção do curso de Letras.

Ora, sabemos que a edificação da universidade se faz pelo tripé aluno-professor-funcionário, o que implica necessariamente, nesse processo, a participação das três instâncias – ainda mais em se tratando de um campus novo como a EFLCH/Unifesp. Se exemplo é necessário para ilustrar a falta de integração entre alunos e professores na Letras, note-se o baixíssimo número de votantes para representante discente do Conselho. Se a eleição foi previamente divulgada por e-mail, a divulgação não extrapolou o e-mail.

Sendo assim, no tocante à abertura do diálogo, gostaríamos já de reivindicar dois pontos simbólicos, anseios nossos: i. participação discente na elaboração dos eventos acadêmicos (como na Semana de Letras, dando aos alunos a faculdade de proporem temas, palestras etc – como foi, aliás, a Semana de outros cursos do campus); e ii. transparência nas reuniões do Departamento de Letras (Conselho), o que implica a publicação ou disponibilização aos alunos de suas pautas e atas.

Estreitar a relação entre professor e aluno – tanto mais quanto num curso como o nosso e nas circunstâncias da novata EFLCH/Unifesp – é evitar o “ilhamento”. Ademais, vamos lutar pelo reconhecimento da importância do Centro Acadêmico como espaço de discussão política para a melhora na formação dos alunos.

Desde já, agradecemos a sua atenção.

Fraternalmente,

Centro Acadêmico dos Estudantes de Letras – CAEL
Gestão “Letras em Ação: Inovar para Transformar”
caelunifesp@yahoo.com.br
http://www.letrasemacao2011.blogspot.com

“[...] nosso presente não é eterno nem é um destino inelutável” (Marilena Chauí)

sábado, 13 de agosto de 2011

MESA-REDONDA SOBRE O MOVIMENTO ESTUDANTIL


Atenção- Período de Acomodação

Car@s Alun@s,

Informamos que por determinação de Liminar a secretaria acadêmica está trabalhando em funcionamento de 50%, das 18h as 22h, estabelecendo como prioridade, a pedido da Direção Acadêmica, a Rematricula do 2º semestre de 2011.

Para que possamos analisar as matriculas realizadas manualmente pelos estudantes, com todo o critério de seleção aplicado a cada semestre, priorizaremos o inicio das aulas no dia 15.08.2011 das unidades curriculares Fixas de todos os termos e Filosofia Geral, do 2º termo.

Na própria segunda-feira haverá o período de “Acomodação das Ucs Eletivas e de Domínio Conexo”, do dia 15.08 ao dia 17.08.2011, a ser realizada online, no site da PROGRAD, para que os estudantes possam visualizar as matriculas já solicitadas, que serão migradas para o sistema de Rematricula Online, de modo que quaisquer alterações (em qualquer disciplina: obrigatória, eletiva e domínio conexo) poderão ser feitas neste momento.

Não serão necessários requerimentos para alteração e/ou solicitação de matricula na secretaria, todos deverão ser realizados no período de acomodação estipulado, via sistema de rematricula online.

Enviaremos na sexta-feira instruções para o período de acomodação, juntamente com os arquivos dos quadros semanais.



Atenciosamente.
Diego M. Casado
Téc. em Assuntos Educacionais
Letras- UNIFESP
Campus Guarulhos
Tel: 3381-2102

domingo, 26 de junho de 2011

O C.A.E.L quer saber ...

a opinião dos alunos de Letras sobre diversos aspectos do curso e sobre o campus Guarulhos.

Como anda o curso de Letras?
Falta professores?
A mudança curricular te agradou?
Qual a sua opinião sobre as aulas?

O C.A.E.L também quer saber: o que você tem a dizer sobre o campus em que estudamos?

Sugestões, reclamações, dúvidas etc. utilize o comentário no espaço abaixo ou mande um e-mail para caelunifesp@yahoo.com.br.


C.A.E.L. - Gestão Letras em Ação



domingo, 12 de junho de 2011

CAEL INICIA GRUPO DE ESTUDOS

A chapa Letras em Ação: Inovar para Transformar, recém-eleita para a gestão do Centro Acadêmico dos Estudantes de Letras (CAEL), convida a todos a participar do grupo de estudos Universidade que transforma, na quinta-feira, 16, às 18h, na sala II do prédio novo.

Essa é uma das ações da chapa que visa a sensibilizar o aluno para as questões políticas que permeiam também o espaço acadêmico. Disso espera incitar o debate, dando voz à multiplicidade de opiniões. O grupo se pretende mensal, e cada encontro será pautado por um texto previamente selecionado e distribuído aos interessados, os quais também podem sugerir bibliografia.

Apesar de ser autônomo, o grupo não restringe a participação de professores. Pelo contrário: planeja, inclusive, uma mesa-redonda com docentes sobre movimento estudantil. Alguns eixos que pretendemos priorizar nas discussões versam sobre políticas públicas educacionais (acordo MEC-USAID, LDB, Reuni etc), além de textos sobre movimento estudantil. Para o primeiro encontro, dia 16, reservamos um texto da Marilena Chauí, Intelectual engajado: uma figura em extinção? (disponível no link www.ces.uc.pt/bss/documentos/intelectual_engajado.pdf). 
 
Após esse primeiro encontro, ocasião em que a chapa se apresentará e prestará conta aos alunos de Letras, o grupo seguirá no próximo semestre (provavelmente em agosto). Contamos com a sua presença!

Cordialmente,

Álison César Rosa
Coordenadoria de Comunicação – CAEL
Chapa Letras em Ação: Inovar para Transformar
E-mail: caelunifesp@yahoo.com.br
Blog da gestão 2011/12: www.letrasemacao2011.blogspot.com

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Carta-programa - Inovar para transformar

Algumas propostas
Dada a recente criação do curso de Letras nesta universidade (início em 2009), entendemos como de suma importância o diálogo efetivo e constante entre alunos e professores sobre questões que envolvem, por exemplo, tanto a grade curricular quanto o engajamento em projetos de atividades culturais/acadêmicas.
A grade foi recentemente alterada para poder comportar adequadamente – de acordo com a disponibilidade dos alunos – o número de Unidades Curriculares (UCs). Pela antiga versão do cronograma, os graduandos de dupla habilitação (como português/inglês) que desejassem fazer Licenciatura e Bacharelado, o fariam em quatro anos. A reformulação da grade estendeu pra cinco anos. Por esse motivo é que a chapa Letras em Ação não exclui de sua pauta o diálogo entre docentes e discentes e pretende ampliar o debate acerca da reforma curricular, de modo que todos se inteirem do assunto e estejam conscientes das mudanças que podem influir em sua formação.
Não só o diálogo, mas demos atenção também à organização de eventos (contamos anualmente com a Semana de Letras) e, em se tratando de congressos e conferências no âmbito externo (como o Seminário do GEL, o Encontro Nacional de Estudantes de Letras, ou ainda o Congresso Nacional de Estudos Clássicos), à articulação dos graduandos.
O que se seguiu até aqui foi, conforme anuncia o título, esboçar em termos muitos sucintos algumas propostas da chapa Letras em Ação. O grupo dela representativo está empenhado no planejamento e maturação de outros projetos, enquanto as eleições se aproximam.

Universidade sem debates não é universidade 

Nós, da chapa Letras em Ação, priorizamos o estreitamento do diálogo entre professores e estudantes; acreditamos que o CA (Centro Acadêmico) é a voz dos estudantes, sobretudo um espaço de discussão para formação intelectual. É importante que os estudantes se apropriem desse espaço de interação de ideias políticas para que o olhar da universidade não se limite apenas para salas de aulas, pois universidade sem debates não é universidade. Aqui é um lugar de reconhecer vertentes de pensamentos e criar o mundo com novas consciências artísticas, políticas e sociais. Nós, da chapa Letras em Ação, acreditamos que o papel do CA é fundamental para essa conscientização do espaço da universidade e da formação política dos estudantes.

As discussões sobre políticas educacionais serão de tamanha utilidade para o nosso conhecimento estudantil. Dessa maneira, queremos propor que os estudantes façam grupos de estudos para avaliar a grade do Projeto Pedagógico de Letras, e também percebemos a necessidade de discutir sobre o REUNI (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), por isso vamos trazer palestras na semana de Letras de profissionais da área da educação para discutir o que é o REUNI e como esse projeto de expansão das universidades federais nos atinge. Comprometemos-nos a fazer uma mobilização para promover discussões que façam os estudantes sentirem-se confortáveis para expor também os seus pontos de vistas, reconhecendo outras vertentes políticas que agem no mundo atual, com relação à infraestrutura da universidade e o que ela significa no bairro Pimentas.

Sobre o CA

O CA é uma instituição civil, não um veículo de divulgação partidária. Entretanto, um estudante partidário pode participar do CA e expor as suas ideias livremente, sabendo que essas ideais serão voltadas a uma política para o corpo discente, ou seja, não podem estar vinculadas ao marketing político de qualquer partido. O CA não é um espaço de campanhas partidárias, é acima de tudo um espaço de expressão do estudante-cidadão. 

“O CA (Centro Acadêmico) é responsável por acompanhar a elaboração e a execução da proposta orçamentária da Unifesp, incluindo a fiscalização dos diversos departamentos administrativos dos campi” (Jornal Manuscrito do DCE)

Do estudante-cidadão

Não queremos doutrinar nenhum estudante, queremos mostrar o poder que ele tem com relação à história e à estrutura dessa universidade. Apresentar os meios políticos que o estudante pode tomar partido para expor a voz, construir uma consciência de que o maior órgão de ação dos estudantes de letras é a assembléia geral. Nesse momento, o curso de letras possuía 534 alunos matriculados, sendo que para alterar o estatuto ou mudar algo dentro da faculdade é necessário apenas 5% do total de estudantes letras para efetivar qualquer mudança. São, portanto, 27 pessoas que comandam a vida pública de 534 alunos. É preciso agir, se impor dentro desse espaço e conhecer outros ambientes além da sala de aula para expressar a voz.

Todos têm direito de construir a história dessa universidade, estamos na terceira turma de Letras e ainda temos problemas com a infraestrutura do campus como: a xérox, o bandejão e as salas de informática. Temos direito de opinar sobre isso, o ensino é público, portanto essa formação de profissionais de letras é de responsabilidade coletiva.

Os discentes não precisam aceitar tudo que o docente faz, é nosso direito também avaliar essa didática acadêmica, retornando para os docentes as nossas experiências, sensações e sentimentos com relação às avaliações que nos dão prontas. Para reconstruir o CA e aproximá-lo dos estudantes, propomos uma nova consciência de estudante, alguém aberto aos problemas da faculdade e também da comunidade Pimentas.

Um estudante que age no mundo cônscio de que as teorias que aprende em sala de aula vão além quando aplicadas na vida real. A sabedoria está em articular a práxis e a teoria, tendo liberdade para exposição da sua voz pública e reconhecendo o poder estudantil como protagonista na conscientização política e intelectual do mundo.